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Plataforma A23 e A25 acusa PS de pressionar partidos para evitar redução de portagens

24/11/2020 às 08:16
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A Plataforma P'la Reposição das Scut na A23 e na A25 acusou ontem o PS de estar a pressionar os restantes partidos para evitar uma maioria parlamentar que obrigue o Governo a reduzir significativamente o valor das portagens.

"Dentro de dias a Assembleia da República vai votar propostas do PCP, que defende a abolição das portagens, e do PSD que propõe a redução do seu valor em 50%. Face a isto, membros do Governo e a presidente do Grupo Parlamentar do PS encetaram uma campanha de pressão sobre as restantes forças políticas no sentido de não constituírem aquilo a que apelidam de coligações negativas e assim não aprovarem a reposição [das Scut, vias sem custo para o utilizador] e/ou a redução do valor das portagens", afirma em comunicado enviado à agência Lusa.

Esta entidade que integra comissões de utentes, sindicatos e movimentos empresariais considera que o desconto proposto pelo Governo de 25%, a partir do oitavo dia de utilização mensal, é "um embuste" e tem vindo a apelar aos deputados para que constituam uma maioria parlamentar que permita reduções mais significativas e a calendarização da abolição dos pagamentos, até ao final da legislatura.

Perante o que diz ser a pressão socialista contra tal maioria, a Plataforma diz ainda que "coligações negativas" são aquelas que o Governo tem feito para impedir a abolição das portagens ou a redução do seu valor".

Em contrapartida, defende, "a conjugação de votos para a abolição e ou redução do preço das portagens nas ex-Scut é na verdade uma coligação positiva porque vai ao encontro dos interesses da população".

Segundo referido, essa maioria estaria ainda a contribuir para o "desenvolvimento do interior, para a coesão territorial do País e para o combate às assimetrias regionais".

"Vale a pena recordar ao Governo e à presidente do Grupo Parlamentar do PS que as Scut foram criadas para combater as assimetrias regionais e que apenas foram portajadas em plena crise", acrescenta.

O facto de não haver alternativas e o elevado preço são outros dos argumentos apontados.

"Saberão os membros do Governo que os preços das portagens nas Scut são as mais caras do país, em contraponto com o troço Lisboa-Cascais, sempre em ‘black friday'?", questiona.

A Plataforma, que na sexta-feira organizou uma marcha lenta cuja adesão considerou "memorável", também salienta que os "beirões estarão atentos às votações desta semana" e que "certamente vão extrair as devidas conclusões".

A Plataforma P'la Reposição das Scut na A23 e A25 integra sete entidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda, nomeadamente a Associação Empresarial da Beira Baixa, a União de Sindicatos de Castelo Branco, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, o Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior, a Associação Empresarial da Região da Guarda, a Comissão de Utentes da A25 e a União de Sindicatos da Guarda.

A A23, também identificada por Autoestrada da Beira Interior, liga Guarda a Torres Novas (A1).

A A25 (Autoestrada Beiras Litoral e Alta) assegura a ligação entre Aveiro e a fronteira de Vilar Formoso.
Lusa