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Greve climática estudantil convoca protestos com agenda alargada a problemas sociais

24/09/2021 às 06:21
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(DR)

O movimento ambientalista Fridays for Future convocou para hoje uma nova greve climática estudantil com agenda alargada a outros problemas sociais, com mais de 1.500 ações em vários pontos do mundo, incluindo protestos em 14 localidades portuguesas.

Albufeira, Aveiro, Braga, Caldas da Rainha, Coimbra, Faro, Funchal, Guimarães, Lisboa, Mafra, Porto, Santarém, Sines e Viseu são as localidades portuguesas para as quais estão marcadas manifestações que reclamam "planos concretos" contra a crise climática, que o movimento equipara a "outras crises socioeconómicas como o racismo, o sexismo, a discriminação de deficientes e desigualdade de classe" e que relaciona com os problemas ambientais.

Em Lisboa, a concentração está marcada para as 10:00 no jardim Amália Rodrigues, no cimo do Parque Eduardo VII, e desfilará até ao Arco do Cego, enquanto no Porto os manifestantes se reúnem às 15:00 numa marcha entre a Praça da República e os Aliados.

A ativista sueca Greta Thunberg, que impulsionou o movimento em 2018 ao faltar durante várias semanas às aulas para protestar contra a falta de ação climática em frente ao parlamento sueco, participará na manifestação marcada para esta manhã na capital alemã, Berlim.

No manifesto internacional criado para sustentar a greve, o movimento culpa "a elite do Norte Global" pela "destruição das terras dos 'Povos e Áreas Mais Afetados' através do colonialismo, imperialismo, injustiças sistémicas e ganância cruel que acabou por causar o aquecimento do planeta".

É esse "Norte Global" que é "responsável por cerca de 92% das emissões em excesso", refere o “Fridays for Future”, que considera que a maior parte dos roteiros para a neutralidade carbónica pecam por implicar "efeitos secundários arriscados para as populações locais", como a perda de território para as florestas que se pretende plantar.

Entre as medidas reclamadas pelo Fridays for Future estão "reparações climáticas antirracistas", o cancelamento de dívidas decorrentes de fenómenos climáticos extremos e "fundos de adaptação" que sirvam as comunidades.

Lusa