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Sociedade

CTT/ Abrantes: Carteiros cancelam greve. Empresa anuncia contratação de trabalhadores (C/ ÁUDIO)

8/07/2020 às 00:00
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“É com grande alegria que dizemos que a empresa teve que reconhecer que os trabalhadores tinham razão e que a população necessitava urgentemente de reforços neste Centro de Distribuição Postal para fazer face à qualidade de serviço que esta empresa está obrigada a prestar”. Foi assim que Dina Serrenho, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), anunciou o cancelamento da greve que os carteiros de Abrantes estavam a fazer desde o dia 29 de junho.

A sindicalista confirmou que “hoje recebemos a notícia que a empresa iria reforçar a equipa com o número suficiente de trabalhadores para podermos cumprir os padrões de qualidade e incluindo mais alguns elementos para fazer face à entrega de toda a correspondência que está acumulada aqui neste local de trabalho”.

Dina Serrenho disse que “estamos todos de parabéns, estamos muito contentes” e agradeceu “à população em geral pelo apoio que nos deu, ao senhor presidente da Câmara que nos atendeu e por certo fez aquilo que lhe foi possível junto da empresa CTT e dizer uma vez mais à população que podem contar com os carteiros e que tudo o que fizemos foi para bem de todos. Foi por uma melhor qualidade de serviço e agora resta-nos que a empresa cumpra aquilo a que se comprometeu hoje porque a população de Abrantes pode ter a certeza que, se isso não acontecer, voltaremos à luta”.

Dina Serrenho disse ainda à Antena Livre o que disseram a Manuel Jorge Valamatos, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, quando reuniram no dia 3 de julho. “Explicámos-lhe a situação que se estava a passar. Nós temos aqui milhares de cartas amontoadas já há muito tempo, podemos dizer que temos aqui cartas com mais de três semanada de atraso e daí estarmos tão contentes pelo fato de eles poderem começar a ser entregues a quem de direito e explicámos ao senhor presidente a necessidade que havia de metermos mais trabalhadores para fazer face ao tráfego que necessitamos para o cumprimento dos padrões”.

“A população está a ser mal servida, o Estado tem por obrigação prestar este serviço público com uma empresa que neste momento é privada mas tem a concessão deste mesmo serviço e a nós resta-nos, como população, exigir que esse serviço seja cumprido. Como trabalhadores, porque vestimos esta camisola há muitos anos, porque gostamos muito do que fazemos e porque respeitamos muito a população, estávamos muito preocupados e a luta foi o último recurso”, declarou a sindicalista.

Os carteiros efetivos do Centro de Distribuição Postal estão disponíveis “para começar a trabalhar já amanhã com o nosso horário normal”.

Dina Serrenho conta como foram correndo as negociações com a empresa e como está a decorrer a luta noutros locais onde os trabalhadores dos CTT estão também em greve.