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Sociedade

Associação de Municípios para a Gestão do CIRAE emite comunicado a negar maltratos a animais

5/08/2020 às 00:00
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(imagem ilustrativa)

A Associação de Municípios para a Gestão do Centro Intermunicipal de Recolha de Animais Errantes – CIRAE, emitiu um comunicado onde “repudia as declarações que a deputada Inês Sousa Real proferiu ao Jornal da Tarde da RTP1, transmitidas no dia 3 de agosto de 2020, bem como o conteúdo da publicação que realizou na página oficial do PAN – Pessoas, Animais, Natureza e que colocam em causa o bom nome desta instituição”.

Em causa estão acusações como a falta de registos de entradas/saída de animais e o maltrato de animais “magros, sujos e a necessitar de cuidados veterinários”. O Centro é também acusado de não ter cuidados de alimentação para com os animais e de não cumprir a legislação. Em sua defesa, o CIRAE afirma a alimentação é feita “ no sistema ad libitum (à vontade, sem restrições)”.

Tendo em conta as acusações, o CIRAE pede “responsabilidade à deputada em apreço, que terá de provar o que referiu, e que, repetimos, é completamente falso”. Diz também que a “súbita e agressiva visita das deputadas do PAN visou apenas colocar este assunto na agenda mediática, sacrificando o CIRAE enquanto ‘bode expiatório’, objetivando julgamentos na praça pública, e intentando condicionar a referida providência cautelar, comparando o CIRAE à tragédia de Santo Tirso”.

A Associação de Municípios já solicitou também uma vistoria técnica à entidade oficial fiscalizadora, que é a DGAV.

O presidente do conselho diretivo da Associação de Municípios para a Gestão do CIRAE, defende que contactou o presidente do Município de Proença-a-Nova – onde se localiza o Centro – a solicitar “o agendamento de uma visita na semana passada”. No entanto, “por estar ainda em fase de rescaldo o incêndio que atingiu os concelhos de Proença-a-Nova, Oleiros e Sertã e por estarem a ser realizadas diligências devido ao falecimento de um bombeiro em serviço da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Proença-a-Nova, e por o diretor técnico deste equipamento se encontrar de baixa médica, foi solicitada a remarcação da visita”.

“A mesma acabaria por ser realizada logo no início desta semana, continuando o diretor técnico de baixa médica e tendo o presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova compromissos inadiáveis. Ainda assim, foi-lhes franqueada a entrada, apesar da ausência de qualquer responsável, e o médico-veterinário responsável prestou-lhes, telefonicamente, todas as informações solicitadas”, refere o comunicado.

O CIRAE encontra-se fechado a cadeado mas diz que tal “não impede qualquer contacto com o exterior ou tentativas de adoção já que, devido à pandemia da COVID-19, é obrigatória a realização de marcação prévia, havendo no local uma campainha que permite o contacto com os funcionários”.

Elucida também que, quanto a recursos humanos, o CIRAE tem diariamente “um funcionário e uma enfermeira veterinária, para além do médico veterinário e diretor técnico do equipamento que, durante a baixa médica, está a ser substituído pelo médico veterinário de Ourém”.

A Associação de Municípios assume que possam existir “algumas inconformidades pontuais do ponto de vista estrutural, o que determinou proposta de intervenções para a reparação das instalações e ampliação para duplicar a capacidade, assim como para a edificação de uma unidade cirúrgica direcionada para a esterilização dos animais, espaço de recreio e aquisição de viatura de transporte, num investimento de curto e médio prazo que se estima em 250.000,00 €”.

Recorde-se que os Municípios aderentes ao CIRAE são Ferreira do Zêzere, Gavião, Idanha-a-Nova, Mação, Nisa, Oleiros, Ourém, Pampilhosa da Serra, Proença-a-Nova, Sertã, Vila de Rei e Vila Velha de Rodão.