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Sociedade

Abrantes: Núcleo da Liga dos Combatentes evoca Dia do Combatente e Batalha de La Lys

11/04/2019 às 00:00
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Fotos Carolina Ferreira

O Núcleo de Abrantes da Liga dos Combatentes assinalou hoje as Comemorações do Dia do Combatente e do 101º aniversário da Batalha de La Lys.

O momento decorreu no Jardim da República, em frente ao Monumento dos Mortos da Grande Guerra, e contou com a presença de várias individualidades, entre as quais, o tenente-coronel de material Joel Santos, em representação do Comandante do Regimento de Apoio Militar de Emergência (RAME), que presidiu à cerimónia .

A cerimónia militar incluiu a entoação do Hino Nacional, a prestação de Honras Militares a todos os combatentes mortos ao serviço da Pátria, a deposição de coroa de flores e a alocução religiosa. O final da cerimónia ficou marcado pelo discurso do presidente da Direção do Núcleo de Abrantes da Liga dos Combatentes.

António Hilário afirmou que o evocar o Combatente Português e o 101º aniversário da Batalha de La Lys “tem como um dos objetivos transmitir às gerações vindouras a lembrança dos momentos em que, em tempos da Grande Guerra e da Guerra do Ultramar, muitos portugueses honraram a pátria, defendendo-a de armas na mão”.

A honra, coragem, bravura, determinação, espírito de sacrifício, resistência física e psicológica, sentido do dever demonstrados em situações extremamente adversas, durante períodos prolongados, foram características e atributos daqueles que longe da sua terra natal e em condições climatéricas exigentes, enfrentaram o inimigo”, salientou o presidente da Direção do Núcleo de Abrantes.

António Hilário recordou que a Batalha de La Lys “foi travada a 9 de abril de 1918, durante a Primeira Guerra Mundial, entre as forças da Alemanha e do Império Austro-húngaro, por um lado, e a coligação de países em que se destacavam a Inglaterra, França e Portugal, por outro”.

Este foi um dos mais sangrentos confrontos em que esteve envolvido o Corpo Expedicionário Português”, vincou o presidente, tendo lembrado as baixas envolvidas no conflito: “ 1341 mortos, 4626 feridos, 1932 desaparecidos e 7440 prisioneiros”.

Para o responsável o dia 9 de abril de 1918 deve ser recordado “não como uma derrota dos portugueses”, mas como “um sacrifício extremo, em circunstâncias extremas, que contribuiu para a vitória das forças aliadas alguns meses depois”.

Neste Dia do Combatente, saímos daqui serenamente convictos de termos uma vez mais reforçado a memória imaterial do povo português”, fez notar.

Por último, António Hilário procedeu à leitura da mensagem do presidente da Liga dos Combatentes, o tenente general Chito Rodrigues, referindo que neste Dia Nacional do Combatente, “ é altura de celebrarmos o Centenário da Conferência de Paz”.

Não obstante a paz conseguida tivesse sido precária e decorridos vinte anos o mundo tivesse sido mergulhado numa Segunda Grande Guerra Mundial, a paz, a tranquilidade, o bem estar em liberdade são anseios profundos do ser humano em sociedade. E os que um dia se viram confrontados com a guerra, tendo que nela participar, são os principais arautos da paz”, disse.

A cerimónia do Dia do Combatente e do 101º Aniversário da Batalha de La Lys terminou com uma palestra sobre o conflito no auditório da Santa Casa da Misericórdia de Abrantes com o coronel Luís Albuquerque, diretor do Museu Militar.

No momento marcaram presença, António Mor, presidente da Assembleia Municipal de Abrantes, João Caseiro Gomes, vice-presidente da Câmara Municipal, Jorge Gaspar, vice-presidente da Câmara Municipal de Sardoal, Bruno Tomás, presidente da União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede, Daniel Marques, Comandante da PSP de Abrantes, Sofia Mota, diretora da ESTA, Alberto Margarido, provedor da Santa casa da Misericórdia e demais individualidades.