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Sociedade

Abrantes aprova moção de apoio ao aeroporto de Tancos (C/ÁUDIO)

19/02/2020 às 00:00
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O executivo municipal de Abrantes aprovou por maioria, com o voto contra do Bloco de Esquerda, a moção Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) que defende o aeródromo de Tancos como infraestrutura aeronáutica essencial para a região do Médio Tejo e para o interior do país.

A moção foi distribuída aos vereadores e o presidente da Câmara, Manuel Jorge Valamatos, explicou que apoiou desde a primeira hora esta ideia, como forma de desenvolvimento da região.

O documento foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Intermunicipal do Médio, constituído pelos presidentes das Câmaras que integram a CIMT e, de forma resumida, propõe que seja realizada a recolha de estudos realizados no passado para a implementação de um aeroporto regional civil-militar; procurar apoio institucional por parte das comunidades intermunicipais de proximidade regional (Lezíria, Beiras e Alto Alentejo) e empenhar-se junto do governo central para a realização, “quanto antes” de estudos “para a criação de remodelação ou construção de novas infraestruturas tendo em vista o desenvolvimento da região e da coesão nacional contribuindo, assim, para atenuar assimetrias de desenvolvimento nas zonas de baixa densidade”.

A moção será vai ainda ser submetida à discussão e votação da Assembleia Municipal.

 Manuel Jorge Valamatos vincou o aproveitamento do Aeródromo de Tancos para a implementação de um aeroporto regional pelas “excelentes condições estruturais e toda uma linguagem de envolvência capaz de dar uma resposta importante para a região e para o país”. O autarca destacou a posição desta infraestrutura pela centralidade geográfica e pelo facto do polígono militar de Tancos possuir servidões aeronáuticas, pelo que considera que Tancos “reúne condições para poupar muitos milhões de euros servindo os interesses e os desígnios do país”.

Manuel Jorge Valamatos apresenta a moção de apoio ao aeroporto de Tancos

Já o vereador eleito pelo PSD, Rui Santos, elogiou a decisão da CIMT porquanto foi o líder distrital do PSD que, há mais de dois anos, começou a falar nesta opção de aproveitar o Aeródromo de Tancos e que, naturalmente, concordava com a moção da Comunidade Intermunicipal. Rui Santos disse ainda que “é com satisfação que vejo todos os presidentes de Câmara, sejam do PS ou PSD, tenham aprovado a moção por unanimidade”.

Vereador do PSD Rui Santos manifesta apoio ao aeroporto de Tancos

Armindo Silveira começou por perguntar se a moção era aberta ou fechada porque queria propor algumas alterações. Quando o presidente disse que sim, era um documento fechado, o vereador bloquista informou que iria votar contra e justificou a sua posição. Começou por dizer que “que esta foi a única oportunidade concedida ao BE de Abrantes para se pronunciar sobre o projeto do aeroporto de Tancos”. No seguimento da posição Armindo Silveira revelo que a única forma de concordar com este projeto é se a proposta fosse a alternativa à solução do Montijo. Ou seja, Portela mais um, neste caso Tancos.

Depois explicou que “não sendo acolhida a nossa proposta e, porque não é viável a Portela +2” o vereador do BE apresentou as prioridades do partido para o distrito: conclusão do IC9 entre a A23 e Ponte de Sôr com a ponte de Tramagal; conclusão do IC3 entre Vila Nova da Barquinha e Almeirim com a ponte de Chamusca; construção de diversas acessibilidades ao Eco-Parque do Relvão; e remodelação da Estação Ferroviária de Entroncamento.

Vereador do BE Armindo Silveira explica porque vota contra a moção de apoio ao aeroporto de Tancos

Sendo assim, em votação a moção da CIMT foi aprovada pelos eleitos do PS e PSD com o voto contra do BE.

 

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