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Sardoal: Vereadores da oposição votam contra ao apoio concedido ao "Grande Prémio de Portugal – Nacional 2"

27/07/2018 às 00:00
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O apoio, de três mil euros, concedido à Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional 2, para a terceira etapa do “Grande Prémio de Portugal – Nacional 2” que se realizou na sexta-feira, e que passou pelo concelho de Sardoal, foi motivo de discórdia entre a maioria PSD e os vereadores eleitos pelo PS, na quarta-feira.

“Três mil euros, na prática são mil euros ao quilómetro, numa variante que não passa dentro da vila. Parece caro passar um evento desta natureza numa zona que passa dentro do concelho de Sardoal, mas que não contempla a passagem pelo centro da vila”, começou por referir Pedro Duque (PS), na reunião de Câmara.

O vereador socialista considerou que o “Grande Prémio de Portugal – Nacional 2” deveria de ter passado “obrigatoriamente” por dentro da vila de Sardoal e justificou esse entendimento pelo valor atribuído e pelo impacto que a prova está a ter. 

“Consideramos obrigatório pelo impacto que este evento está a ter, pois está a ser muito publicitado e emitido em direto. E não percebemos o motivo da opção. Se a razão se deveu à falta de capacidade negocial, se deveu a outras situações, não interessa nesta fase. O que interessa é que existe um subsídio de três mil euros que está em causa e que nos parece que pode ser aplicado a outras associações do concelho, sem pôr em causa a importância deste evento”, argumentou Pedro Duque, dando conta que o evento não teve o “retorno” pretendido.

O assunto do “Grande Prémio de Portugal – Nacional 2" foi tema de discórdia entre a maioria PSD e os vereadores socialistas

Em resposta, Miguel Borges, presidente da Câmara Municipal de Sardoal, começou por explicar que a opção do traçado da prova se deveu a uma questão meramente “técnica” e que disse respeito à equipa técnica que coordena a prova.

“Este ano, nós fomos um dos Municípios cuja a prova não passou por dentro da zona urbana, mas noutro ano irá passar. Fazendo parte desta Associação, nós não podemos simplesmente ser parte integrante quando nos agrada e quando não nos agrada, não sermos. Temos de ser solidários”, vincou o autarca.

Miguel Borges disse que “o facto de não ter passado dentro da vila de Sardoal foi uma opção meramente técnica. No entanto, sendo uma prova para quatro anos, o traçado da mesma, será alterado e todos os municípios acabarão por ser contemplados”.

O presidente recordou que “a nossa integração na Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional 2 é muito mais do que sermos contemplados com a passagem da prova. Recordo que durante estes dias, na comunicação social, se falou e muito nesta prova que passa também pelo Sardoal e isto também é importante (…) portanto, reduzir este valor, de três mil euros, ao quilómetro, é no mínimo redutor”.

Miguel Borges também explicou que o apoio solicitado pela Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional 2 era numa fase inicial de 10 mil euros, mas foi entendimento de alguns Municípios tentar baixar o valor e foi definido um teto mínimo de três mil euros.

O presidente salientou ainda que “este é um evento que está programado para 4 anos. É um evento que pretende envolver todos os municípios nas partidas, chegadas ou travessias das provas e em diferentes eventos. Acho que é um bom projeto e um bom exemplo do trabalho que se tem feito pelo interior do país”.

Os argumentos do presidente não convenceram os vereadores do PS que votaram contra à atribuição do apoio, acabando o ponto por ser aprovado por maioria.

Pedro Duque e Carlos Duarte (PS) apresentaram uma declaração de voto onde justificaram o voto contra, dando conta que não estavam contra à adesão [do Município de Sardoal] à Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional 2 e consequentemente à realização de eventos “tendentes à promoção dos concelhos abrangidos pela Estrada Nacional 2. No entanto, consideraram que “a dita prova não conferiu ao concelho de Sardoal a promoção e visibilidade que justifiquem a atribuição deste valor”

Por último, os responsáveis referiram que estavam “disponíveis para, em edições futuras, votarem favoravelmente a atribuição de subsídio desta natureza se considerarem que o Município e os Sardoalenses obtêm o correspondente retorno em promoção e ou divulgação”.

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