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Catacombe regressam aos discos cinco anos depois com “Scintilla”

15/06/2019 às 00:00
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O álbum “Scintilla”, o quarto disco de originais dos Catacombe, lançado este mês, vai ter concertos em Porto, Lisboa e Itália para assinalar o regresso cinco anos depois, após um hiato nos palcos que dura desde 2016.

O sucessor de “Quidam”, lançado em 2014, é diferente “mas sem ser premeditado”, conta à Lusa o baixista, Gil Cerqueira, antes pelo “crescimento musical, gostos e vivências” que foram alterando os quatro membros, num alinhamento completo com Pedro Sobast, Pedro Melo Alves e Filipe Ferreira.

“Foi difícil conciliar as nossas vidas com a banda [nos últimos anos]. Nunca estivemos parados a nível de ensaios, mas foi mais demorado por não termos regularidade”, considera.

Parados para concertos, mas sem deixar de ensaiar e compor, esse hiato deveu-se à vontade de “aproveitar tudo para finalizar temas para o álbum novo”, que se mantém na linha de 'pós-rock' e 'pós-metal' dos seus antecessores.

Ao longo de oito faixas, o grupo percorre “temas que surgiram logo a seguir a lançar o anterior e outros temas que já foram terminados em 2018”, num processo “natural” e que surge “sobretudo da dinâmica dos músicos na sala de ensaios”.

“Nunca foi nada programado. Ao gravar 'Kynetic' ou 'Quiver', não tivemos a coisa de nos reunirmos e decidirmos fazer um álbum mais pesado, deste ou daquele género. É o que nos sai na sala”, diz Sobast, que revela que várias faixas, feitas há mais tempo, tornaram-se “completamente diferentes no álbum”.

Criada em 2007 em Vale de Cambra, pelo guitarrista Pedro Sobast, único 'resistente' de um alinhamento do grupo que se tornou estável em 2011, a banda atuou na sexta-feira no Teatro Municipal Rivoli, no Porto, no âmbito do ciclo “Understage”, chegando hoje ao Sabotage, em Lisboa.

Para 30 de junho, fica o Südtirol Jazz Festival, que cruza vários géneros musicais e decorre na cidade italiana de Bolzano, num momento em que a banda está “ansiosa”, por estar “há algum tempo sem tocar ao vivo”, mesmo que seja “um prazer enorme”, afirma Pedro Sobast.

“Estes, já esperados há algum tempo, terão um sabor diferente. Queremos que o público sinta a intensidade do que temos para mostrar”, acrescenta.

Depois de um primeiro concerto em que abriram para Nadja na Fábrica do Som, no Porto, os Catacombe passaram por várias editoras, entre elas a russa Slow Burn Records, discos que viajam pelo cinema e concertos ao lado de bandas como A Storm Of Light, Toundra, Brontide, Year of No Light ou Deafheaven, entre outros.

Editado em plataforma digital, CD e vinil, este último lançamento conta com o apoio na distribuição de várias editoras, entre elas as portuguesas Raging Planet e Regulator Records.

Lusa