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BONS SONS: O festival que tornou Cem Soldos numa "aldeia em manifesto hoje e sempre"

14/08/2019 às 00:00
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Créditos: Renato Cruz Santos

De 8 a 11 de agosto, a aldeia de Cem Soldos, em Tomar, viveu a 10.ª edição do festival BONS SONS.

Em quatro dias tudo aconteceu: 52 concertos, 81 espetáculos e atividades paralelas, 250 artistas, 8 concertos inesperados, 30 concertos espontâneos no Palco Garagem, um livro e um documentário. Tudo isto perante a presença de 33.800 visitantes e do empenho de 510 voluntários, da aldeia e externos.

Um dos pontos altos foi o lançamento do livro "BONS SONS x 10 - Uma Aldeia em Manifesto", que retrata a história do festival e está já à venda no SCOCS, em Cem Soldos, e no site das Edições Ecafandro.

Durante quatro dias (dois deles - sábado e domingo - com lotação esgotada), o BONS SONS foi palco de muita música, dança, histórias encenadas, performances, instalação fotográfica, conversas, debates, jogos tradicionais, burros de Miranda, percursos artísticos, oficinas de música, visitas guiadas e um mural.

Foi um festival com mais aldeia, mais eficiente, sem perder a escala humana que o caracteriza, sem esquecer a contemporaneidade no campo, a plataforma cultural, o planeamento do território, a cidadania participativa, o envelhecimento ativo,o ensino em comunidade,os projetos de território, uma ação sustentável, a criação de espaço público e acultura popular.

Esta edição foi também brindada pela chuva, que não impediu a realização de nenhuma das atividades e pouco mais fez do que refrescar o ambiente.

A organização do festival promete novidades em breve. Mas, até lá, recordamos aquilo que foi a inovação presente na edição.

Este ano, o mapa do recinto voltou a ter alterações, foi alargado e deu a conhecer um recanto da aldeia ainda desconhecido: o Lagar de Cem Soldos, Palco MPAGDP, que recebeu o primeiro concerto de 2019, com Carlos Batista, seguindo-se Vénus Matina, Cal, Adélia, Pequenas Espigas, Rezas, Benzeduras e Outras Cantigas, Vozes Tradicionais Femininas e Telma.

Outro recanto já conhecido – um campo de oliveiras em anfiteatro, o Palco Zeca Afonso – foi redesenhado e preparado para receber pessoas sentadas neste cenário natural e o palco com duas oliveiras plantadas (literalmente) deu lugar a momentos muito especiais quer visual quer em termos sonoros. Foi neste palco que aconteceu o concerto de abertura com a Orquestra Filarmónica Gafanhense, com mais de 60 músicos em palco e com um repertório que incluiu 10 temas de 10 edições. Houve também Lodo + Peixe, First Breath After Coma + Noiserv, Três Tristes Tigres, Pop Dell'Arte, Joana Gama + Sopa de Pedra e Luísa Sobral. Finalmente, na Igreja de S. Sebastião, palco habitual de concertos, este ano mudou de nome – Palco Carlos Paredes – recebendo as atuações de Francisco Sales, Dada Garbeck, Valente Maio e Ricardo Leitão Pedro.

A antiga eira de Cem Soldos voltou em 2019 a ser utilizada como cenário do festival, com um novo palco: Palco António Variações, onde aconteceram os concertos de Benjamim + Joana Espadinha, X-Wife, Paraguaii, Scúru Fitchádu, Baleia Baleia Baleia, Glockenwise + JP Simões, Tape Junk e Sensible Soccers + Tiago Sami Pereira.

O Palco Giacometti – INATEL recebeu Mano a Mano, Raquel Ralha & Pedro Renato, Gator, The Alligator, Sallim, Jorge da Rocha, Tiago Francisquinho, Galo Cant'às Duas e Pedro Mafama.

No Palco Amália, situado junto à igreja, atuaram Senza, o concerto de estreia de Afonso Cabral, Miramar e Ricardo Toscano e João Paulo Esteves da Silva.

Fora dos palcos, os concertos inesperados apanharam de surpresa os visitantes em garagens e quintais, locais desconhecidos do público do festival. Participaram Afonso Cabral, Francisco Sales, Fogo Fogo, Helder Moutinho, Jorge da Rocha, Três Tristes Tigres, Luísa Sobral e Júlio Pereira.

Nota ainda para a festa de encerramento - concerto de Moullinex, com vários convidados, seguido de DJ set, que aconteceu nos dois palcos do Largo do Rossio, onde se situam os palcos Lopes-Graça e Aguardela, que receberam ainda: Fogo Fogo, Diabo na Cruz, Helder Moutinho, Budda Power Blues & Maria João, Stereossauro, Júlio Pereira, Dino D'Santiago, DJ João Melgueira, DJ Narciso, DJ Ride e RIVAthedeejay.

Organizado pelo SCOCS e pela Aldeia Cultura, o BONS SONS tem como parceiros institucionais a Câmara Municipal de Tomar, a Fundação INATEL e o Turismo de Portugal/Portuguese Music Festivals e contou com as parcerias de programação MPAGDP - A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria, Curtas em Flagrante, Materiais Diversos e Fumaça.