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Educação

Ministro da Educação visitou escola Solano de Abreu no arranque das aulas (C/ÁUDIO)

14/09/2020 às 00:00
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O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e os secretários de Estado do seu Ministério, João Costa e Susana Amador, estiveram na tarde desta segunda-feira, 14 de setembro, no arranque do ano letivo na Escola Dr. Solano de Abreu, em Abrantes.

O titular da pasta da educação chegou à hora prevista e foi guiado por uma das entradas da escola, a principal, naquilo que são as novas regras devido à pandemia. Aliás, Jorge Costa, diretor da escola, fez questão de explicar, de forma simples, as medidas que foram implementadas por causa da COVID-19. Entradas diferenciadas, corredores de entrada e saída, assim como salas de aula específicas para cada uma das turmas, assim como a fixação dos alunos por secretária. E tudo com os devidos distanciamentos.

Jorge Costa guiou o ministro no primeiro dia com atividades letivas a decorrer. Tiago Brandão Rodrigues gostou de ver as medidas, e a informação do Ministério, afixada as paredes, assim como até “brincou” com as setas dos corredores, pintadas no chão: “Estas setas são para a vida”.

Depois, passou pela biblioteca da escola e entrou em duas salas de aula. Na primeira, do 11.º ano, interagiu com os alunos perguntando quais são as regras da escola, indo ao apelo para que os jovens instalem a aplicação Stay Away COVID e explicado que “é bom estarmos de volta”, recordado que o ensino presencial é fundamental.

Tiago Brandão Rodrigues não deixou de falar da disciplina que estava a ser lecionada naquela sala e até ficou a saber que no primeiro dia desta aula de matemática a trigonometria “dava os primeiros passos”. E de seguida, deixando a COVID de lado, focou-se na matemática e na necessidade de os jovens aprenderem matemática, pois ela está em todos os lados. Na base dos cálculos dos especialistas de saúde pública, no seu próprio curso de bio-química, no futebol. “Reparem que agora até as equipas de futebol profissional têm especialistas em estatística para fazer todos os cálculos de probabilidades deste e daquele jogador”.

Tiago Brandão Rodrigues ainda perguntou a dois jovens quais os cursos que gostavam de seguir. Um aluno respondeu que queria seguir enfermagem e depois outra aluna apontou bio-química, o que levou novamente o governante a brincar com a situação.

Tiago Brandão Rodrigues a falar com alunos do 11º ano

Depois foi a vez de entrar uma sala de alunos do 5.º ano, ou seja, de alunos que estão pela primeira vez na Escola Solano de Abreu. E repetiu as mesmas perguntas e os mesmos apelos. Mas não esqueceu os tempos complicados do estado de emergência e até perguntou aos alunos se tinham saudades da sua escola anterior e se tinham tido oportunidade de se despedir da professora do primeiro ciclo, uma vez que foi um final de ano completamente atípico.

Presente numa aula de Educação Visual e Educação Tecnológica como um dos alunos fez questão de Tiago Brandão Rodrigues insistiu na necessidade do uso da máscara e das medidas de etiqueta respiratória.

Tiago Brandão Rodrigues fala com alunos do 5.º ano

Depois o diretor da Escola Solano de Abreu ainda mostrou ao titular da pasta da Educação a forma como a escola se organizou nas entradas e saídas dos alunos assim como no acesso ao bar da escola, onde as mesas estão todas identificadas com bolas verdes, que mostram bem onde os alunos se podem ou não sentar.

E quando questionado sobre o cumprimento das regras, nomeadamente sobre o seu cumprimento fora das paredes da escola, vincou que “são para cumprir dentro ou fora da escola”. É certo que fora os ambientes letivos poderão haver uma tendência de ajuntamentos, mas esse é um procedimento que “temos de combater de forma pedagógica” diz o diretor da Escola que explicou que tudo correu dentro da nova normalidade.

Recorde-se que o diretor da escola já tinha explicado na semana passada que todos os alunos, e respetivas famílias, já tinham sido informadas das regras de funcionamento da escola.

Ministro fala sobre as regras na escola e fora da escola

“Pudemos ver uma escola diferente, como sentas no chão, com alunos a funcionar sempre [e puderam demonstrar] com as regras, sempre na mesma sala, vão estar sentados sempre no mesmo sítio, que a partir do 5.º ano vão andar sempre com máscara (…) e depois entendem bem os sintomas de automonitorização”, disse o ministro acrescentado que a escola, com os parceiros, mostra que é “absolutamente fundamental voltar à escola, ao ensino presencial”.

Tiago Brandão Rodrigues sobre o arranque das aulas

Quando aos recursos humanos o governante diz que houve um grande reforço. “Foram mais 3300 professores que chegaram às escolas” e que permite estender a todos os anos a existência de um professor tutor para os alunos que chumbaram.

Tiago Brandão Rodrigues revelou ainda que chegaram às escolas 900 técnicos de intervenção para o reforço do esforço de aprendizagem. Diz o ministro que são tutores, mediadores, terapeutas da fala e que vão coadjuvar o trabalho para que “a relação com os alunos possam ser mais oleada”. E também houve reforço de assistentes operacionais. A este nível indicou a existência de uma bolsa que permita a substituição de assistentes que estejam de baixa.

Ministro fala sobre os recursos humanos

Este ano, mesmo com a pandemia avançou o processo de transferência de competências do poder central para as autarquias. Um processo que está a correr muito bem e, garante Tiago Brandão Rodrigues, que este é um processo pacífico. E justificou que, eventualmente ao contrário de outras áreas, na educação as autarquias têm uma experiência de décadas, porque são as autarquias que têm tido as responsabilidades do ensino pré-escolar e do primeiro ciclo.

Tiago Brandão Rodrigues fala sobre a transferência de competências

Quanto à abertura do ano letivo na escola Solano de Abreu decorreu de forma normal e de acordo com o previsto no plano da direção. Nota apenas para, ao que a Antena Livre conseguiu apurar, para algum défice comportamental de alguns pais no acesso matinal à escola. E há a notar um aumento considerável do trânsito automóvel até pelo receio que muitos pais terão em deixar os “miúdos” circular nos transportes públicos.

E a circulação automóvel poderá complicar-se muito mais com o arranque das aulas na Escola Dr. Manuel Fernandes, no final desta semana. Prevendo-se, também aí, um aumento de pais a fazer o transporte dos filhos para os edifícios escolares.