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Educação

Abrantes: Alunas são distinguidas no Prémio Nacional de Filosofia

15/06/2018 às 00:00
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Inês Geraldes e Ana Catarina Oliveira

Ana Catarina Oliveira, aluna do 12º ano na Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes, em Abrantes, recebeu na quarta-feira dia 13, o livro " Serão os robots cidadãos de futuro?”, onde viu o seu ensaio de filosofia ser publicado. A aluna abrantina ganhou o Prémio Nacional do Ensaio Filosófico de Ética e Filosofia. Contudo, não foi só Ana Oliveira que foi distinguida no prémio anual da Associação Portuguesa de Ética e Filosofia Prática (APEFP), também Inês Geraldes, do 12º ano, recebeu um prémio de publicação sobre o mesmo tema.

Na cerimónia, que contou com Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, e de vários representantes da comunidade educativa, Eugénio de Oliveira, presidente da APEFP, referiu que o concurso visa “debater problemas contemporâneos em que os alunos possam pensar numa reflexão ética e filosófica, que depois será avaliada por um júri, que premeia o vencedor”.

Cláudia Nascimento, Alcino Herminio, Eugénio Oliveira, Maria do Céu Albuquerque, Inês Geraldes e Ana Oliveira

Cláudia Nascimento, professora de Filosofia das duas alunas, referiu-se à Ana Oliveira como uma aluna “muito sistemática, rigorosa, com um pensamento em flecha” e que “quase sempre acerta tudo”.

A professora, visivelmente emocionada, explicou que a aluna vencedora conduz no seu texto “a uma reflexão critica, mas absolutamente emergente no papel da robótica e da inteligência artificial nas sociedades que em breve estarão por aí a amanhecer”.

Por sua vez, a Inês Geraldes “pega no que mais gosta e transforma o problema: Serão os Robots cidadãos de futuro? numa viagem pela história, para contextualizar os enormes desafios que a sua geração já está a projetar”, explicou a professora.

Perante o público presente, Ana Oliveira disse que a presença dos robots na sociedade vai ter impacto nos próximos anos, mas considerou ser necessário começar a preparar esse futuro agora.

Ana recebeu o prémio pelas mãos da sua mãe

“Ao contrário da Inês, não me foquei muito na parte da cidadania, foquei-me mais na parte da robótica e de todas as áreas que estão associadas. E comecei pelo mundo do trabalho. No nosso dia a dia, já vamos apanhando vários indícios que o homem está, cada vez mais, a ser substituído pelo robot. Por exemplo, durante um ano, uma empresa conseguiu substituir 60 mil funcionários por máquinas e isso devia-nos preocupar”, advertiu a aluna.

Inês Geraldes começou por confessar que era uma “grande fã do estudo da cidadania” e justificou o seu gosto, referindo que “a cidadania nos diz respeito a todos. Nós somos seres políticos e é natural pensarmos sobre a cidadania”.

Inês contou com a presença dos pais

“No ensaio dou um grande enfoque à parte da história porque acho que é essencial. Se não conhecermos o passado, nunca vamos saber lidar com o presente. O passado explica-nos tudo. Neste ensaio, também quis passar a mensagem que nós jovens é que temos nas nossas mãos a cidadania do futuro”, salientou a aluna.

Pelo terceiro ano consecutivo Abrantes conquista distinções neste Prémio Nacional do Ensaio Filosófico de Ética e Filosofia. Há três anos, João Gaio e Silva recebeu uma menção honrosa, o ano passado Ana Oliveira também foi distinguida com a mesma menção e este ano venceu o primeiro prémio.

O primeiro prémio tem um valor monetário de 200 euros, um diploma e a publicação em livro do ensaio. A menção honrosa tem o prémio de 100 euros e a publicação certificada do ensaio.  

O Prémio Nacional do Ensaio Filosófico de Ética e Filosofia é o único prémio nacional da área da Filosofia que tem a publicação em livro. Este ano, participaram 26 escolas que enviaram para avaliação 38 ensaios.