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Cultura

Gavião: Belver recuou aos tempos medievais

18/06/2017 às 00:00
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Belver tem, desde 2001, uma Feira Medieval anual, o evento traz até à vila representações da época medieval e vários artesãos.

Durante este fim-de-semana o certame recriou um ambiente diferente que atraiu milhares de pessoas.

José Pio, Presidente do Município de Gavião, referiu à Antena Livre que “Belver é uma vila que tem muita história” e que a Feira contou com a Companhia Livre, que está presente no evento há 3 anos consecutivos com muitas atividades.

“Como é que Belver pode ter importância nos descobrimentos não estando na costa” é uma das respostas que a Companhia Livre deu nas suas encenações, disse José Pio.

A comunidade local foi interagindo com a Companhia, como foi o caso da Universidade Sénior que participou este ano com um teatro medieval e com a confeção dos trajes.

Os trajes podiam ser alugados, por um preço simbólico, para quem quisesse entrar no espírito medieval.

Sandra Pires deslocou-se até a feira com a família e explicou à Antena Livre que gostou do que viu, referindo que foi a primeira vez que veio assistir a uma feira medieval com crianças.

“Estivemos à espera de ver a rainha, mas não conseguimos. Ainda fomos ao castelo, mas já chegámos atrasados. No entanto, gostámos da parte do fogo-de-artifício e dos malabaristas”, explicou Sandra enquanto sua filha se ria timidamente e nos confessou que os malabaristas “cuspiram fogo”.

Dulce Alves, comerciante local, participa todos os anos e este ano não foi exceção.

“Temos produtos nossos, eu e o meu marido, somos apicultores e vendemos mel, pólen, própolis e outros derivados”. A comerciante disse que este ano a feira esteve com “mais adesão” que o ano anterior, mas que no entanto as “vendas estiveram mais baixas”.

Por sua vez, o responsável da Companhia Livre, Francisco Salvador, avançou que “é uma feira que tem vindo a ganhar espaço nos eventos de recriação histórica”.

“Sinto que as pessoas estão satisfeitas e vão apreciando. Vamos fazendo animação de rua permanentemente. Temos um conjunto muito grande de animadores que vão fazendo um tipo de animação pessoa a pessoa. É um espetáculo para todos desde quem está a assistir até ao que está sentado num banco. Temos desde malabaristas, as dançarinas, o ladrão de rua… Existiu sempre grande interação com os visitantes”, explicou Francisco Salvador.

Hoje, o último dia do evento contou com muitos espetáculos de animação de rua, espetáculos de bailarinas, manobrador de fogo, carrocel medieval, música, etc.

Questionado pelo conhecido assalto ao castelo, que já não consta no cartaz há 2 edições, Francisco Salvador referiu que “foi a 3ª vez que a Companhia esteve na feira e que vai ter oportunidade de fazer um assalto ao castelo, onde o público esteja dentro do castelo e sinta o que é ser atacado pelo lado de fora”.

Este ano, “tivemos um momento muito interessante dentro do castelo com fogo-de-artifício a finalizar, e quando o Município entender temos uma proposta muito boa para recriar um assalto ao castelo”, finalizou.

Este ano, a Feira Medieval contou com um orçamento autárquico de 27 mil euros.

Fátima Saraiva_Estagiária ESTA