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Covid-19: Portugal recomenda vacina da AstraZeneca para pessoas acima de 60 anos

8/04/2021 às 19:49
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As autoridades de saúde portuguesas recomendaram hoje a administração da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 em pessoas acima dos 60 anos de idade, seguindo a decisão de mais de uma dezena de países, que introduziram também restrições etárias.

Em conferência de imprensa realizada no Infarmed, em Lisboa, que contou também com a presença do coordenador da ‘task force’ do plano de vacinação, vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, e do presidente da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), Rui Ivo, o anúncio da medida esteve a cargo da diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

“A Direção-Geral da Saúde recomenda, até estar disponível informação adicional, a administração da vacina da AstraZeneca a pessoas com mais de 60 anos. O plano de vacinação é ajustado para garantir que todas as pessoas são vacinadas com a vacina que protege”, afirmou.

Graça Freitas apelou ainda às pessoas que já receberam a primeira dose da vacina para que se “mantenham tranquilas”, uma vez que as reações adversas que foram notificadas são “extremamente raras”.

“No entanto, nos 07 a 14 dias após a administração da vacina, devem estar atentas a sintomas como dores de cabeça persistentes, hematomas, manchas vermelhas na pele e sintomias semelhantes a um a AVC. Nestes casos, devem contactar de imediato o médico”, referiu a responsável da DGS.

Em relação à toma da segunda dose da vacina da AstraZeneca, a diretora-geral considerou que quem já recebeu a primeira toma deve manter-se também “calmo e confiante”.

“Entre a primeira e a segunda dose, decorrem cerca de três meses. Esta vacina tem um intervalo entre doses que é grande. Nestes três meses vamos ter informação adicional, quer da firma produtora, quer da Agência Europeia do Medicamento (EMA), e agiremos em conformidade”, assegurou Graça Freitas.

Vários países já decidiram, entretanto, traçar limites e não administrar a vacina da AstraZeneca abaixo de certas idades por uma questão de segurança: 30 anos no Reino Unido, 55 anos em França, Bélgica e Canadá, 60 anos na Alemanha, Itália e nos Países Baixos ou 65 anos na Suécia e na Finlândia.

Já hoje, a Austrália e as Filipinas juntaram-se à lista de países que estão a suspender a administração da vacina contra a doença covid-19 da AstraZeneca à população mais jovem, devido a preocupações relativamente à formação de coágulos sanguíneos.

Na quarta-feira, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) indicou uma “possível ligação” entre a vacina da farmacêutica AstraZeneca e “casos muito raros” de formação de coágulos sanguíneos, mas insistiu nos benefícios do fármaco face aos riscos de efeitos secundários, dada a gravidade da pandemia.

No mesmo dia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que essa ligação é “plausível, mas não confirmada”, considerando que são necessários estudos especializados.

No final de março, a vacina da farmacêutica AstraZeneca contra a covid-19 passou a denominar-se Vaxzevria.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.890.054 mortos no mundo, resultantes de mais de 133 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.899 pessoas dos 825.633 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

Lusa