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Concelhos

Sardoal apresenta prejuízos de 1,5 ME devido ao mau tempo

9/01/2020 às 00:00
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O Município de Sardoal já efetuou os cálculos dos prejuízos causados pela passagem da depressão meteorológica “Elsa” no mês de dezembro.

Sardoal foi um dos concelhos mais afetados e, contas feitas, um milhão e meio de euros de prejuízo foi o que o mau tempo deixou para trás.

O presidente Miguel Borges fala de “um prejuízo muito elevado que vai desde pontes, caminhos, condutas, estradas que ficaram sem suporte por baixo porque temos o alcatrão mas a água levou a terra, muros de ribeira, muitas barreiras... há aqui muita coisa a fazer, muito trabalho”.

Relativamente ao 1,5ME, trata-se “de um valor estimativo que necessita de outro rigor que agora não foi possível, atendendo ao prazo que tínhamos para fazer esta estimativa orçamental”. No entanto, explica o presidente, “isto quer dizer que o valor poderá vir a crescer mas, de uma maneira geral e tendo em consideração alguns trabalhos que fizemos recentemente e o valor desses trabalhos, tudo aponta para um milhão e 500 mil euros”.

A freguesia mais afetada foi a de Alcaravela que nas contas agora feitas, “tem uma boa fatia deste valor”.

No que diz respeito às prioridades, Miguel Borges afirma que “é difícil dizer” mas, para já, o mais urgente diz respeito “à segurança de pessoas e bens, principalmente para que as pessoas possam circular entre as diferentes localidades. É essa a prioridade, situações que possam pôr em risco ou que possam estar a causar constrangimentos naquilo que é o dia-a-dia normal das pessoas”.

Quanto aos apoios que o Governo possa vir a disponibilizar, Miguel Borges avançou com algumas ideias que deixou na Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).

“Sugeri que fosse pedido ao Governo haver uma possibilidade de financiar os municípios porque estamos a falar de valores muito altos que, em muitos municípios, ultrapassam o milhão de euros de prejuízos”, avançou o autarca.

Miguel Borges confessou que esta “é uma despesa que ninguém está à espera e se não houver apoio para esta recuperação, estamos aqui com um problema complicado”, ressalvando que este é um problema de todo o país.

Foi sugestão da Associação Nacional de Municípios “termos aqui na região um valor base e passarmos tudo para a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo para, entre os diferentes municípios, ver se a ANMP consegue convencer o Governo, em sede de Orçamento de Estado, para criar apoios”. O presidente revelou que sugeriu “a possibilidade de ser utilizada aquela Linha de Crédito de 50 ME para os municípios se substituírem aos proprietários incumpridores na questão da Aldeia Segura e que foi muito pouco utilizada, só quatro municípios é que utilizaram”. No entanto, alerta, “sem contar para a capacidade de endividamento” pois, “muitos municípios, como o Sardoal, estamos a utilizar a nossa capacidade de endividamento para fazer obra que está programada e sobre a qual não há financiamento comunitário”.

Já relativamente ao facto de o Município vir a ter que suportar as despesas dos prejuízos com o seu próprio Orçamento, o autarca diz não acreditar “que venha a acontecer” até porque “as câmaras municipais não vão poder fechar a porta para fazer só este tipo de trabalhos [de recuperação]. Vamos ter que continuar a trabalhar nas outras áreas”. Miguel Borges afirma ainda que “isto não pode ser encarado de forma diferente do que tem sido entendido com os incêndios. Estamos a falar de catástrofes naturais, esta também é o caso, e tem que haver sensibilidade para apoiar a reposição do material destruído”.

Milhão e meio de euros é, para já, o valor dos prejuízos causados pela passagem da depressão “Elsa” no mês de dezembro pelo concelho de Sardoal.

 

Fotos: Gabinete Proteção Civil, Florestal e Bombeiros de Sardoal