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Abrantes: Depressão “Elsa” deixa prejuízos de mais de um milhão de euros (COM ÁUDIO)

7/01/2020 às 00:00
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Na reunião do Executivo da Câmara Municipal de Abrantes que decorreu esta terça-feira, dia 7 de janeiro, o presidente Manuel Jorge Valamatos deu conhecimento do levantamento dos prejuízos causados pela passagem da depressão Elsa no concelho no mês de dezembro.

1 milhão e 100 mil euros é o valor que consta de um relatório que a Câmara enviou para a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) e “expressa muitas das nossas preocupações” porque, naqueles dias de temporal, “percebemos logo que podíamos estar perante um cenário de grandes prejuízos”, disse o presidente.

Pontões, derrocadas de estradas, linhas de água... são estes os principais problemas a resolver sendo que as freguesias mais afetadas foram Rio de Moinhos, Martinchel, Aldeia do Mato e Souto e também a aldeia de Sentieiras, na freguesia de Abrantes e Alferrarede.

Manuel Jorge Valamatos adiantou que o resultado do primeiro levantamento realizado pelas equipas técnicas da Câmara foi remetido à Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), entidade que está a elencar os prejuízos junto de cada um dos 13 municípios que a integram para que, na base da concertação também com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), para que a região esteja posicionada para um eventual enquadramento de medidas de apoio do governo central que possam surgir para minorar os prejuízos causados.

Quanto ao esforço financeiro que a Câmara de Abrantes terá que suportar para fazer face aos prejuízos, Manuel Jorge Valamatos espera que o Governo tome uma posição e que ajude os municípios afetados pelo mau tempo. “A CIMT colocar-se-à na senda de tentarmos, junto do Governo, encontrar financiamento”, afirmou o autarca.

O presidente esclareceu que o levantamento em causa reporta-se a danos estruturais em infraestruturas. A estimativa não inclui, entre outras, situações de derrocadas, danos em passeios - situações que os serviços municipais estão a repor por administração direta - ou problemas nas condutas de abastecimento de água que, sendo situações urgentes, os Serviços Municipalizados procederam ao restabelecimento dos mesmos, pelo que o apuramento dos prejuízos poderá ultrapassar a verba indicada.

Questionado se a Câmara Municipal tem capacidade financeira para avançar com as obras necessárias e, em caso de não haver financiamento da Administração Central, o autarca respondeu que “tem que ter, inevitavelmente”.

“Há zonas em que se não houver requalificação de pontões, as pessoas não entram para as suas casas e há estradas que precisam de ser requalificadas. A vida não pára e é evidente que, se tivermos apoio financeiro ficamos mais confortáveis com a recuperação de todas estas situações mas, caso contrário, terá que ser um esforço exclusivo nosso mas temos que resolver os problemas das pessoas que estão à espera que nós o façamos”, adiantou Manuel Jorge Valamatos.

Os estragos fizeram-se sentir com maior intensidade nas freguesias de Aldeia do Mato e Souto, Rio de Moinhos, Martinchel, Abrantes e Alferrarede (Abrançalha e Sentieiras). Transbordo do leito de ribeiras provocando destruição de margens, valetas, arruamentos e condutas de água e danificação de muros de suporte; destruição de pontões e passagens hidráulicas; destruição de parte do talude em aterro, transbordo do leito da linha de água, com inundação do parque de merendas da praia fluvial de Aldeia do Mato, são alguns dos estragos identificados como sendo de maior gravidade.

Manuel Jorge Valamatos disse esperar que o governo central disponibilize apoios específicos para estes prejuízos em infraestruturas por se tratarem de valores muito elevados que é um valor incomportável para as Câmaras.

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